Encontros acontecem todas
as quintas-feiras
Agulha, linha, tecido...
com apenas poucos instrumentos em mãos, um grupo de moradoras de São Pedro da
Aldeia tem encontrado na arte milenar do bordado uma forma de terapia e de
ajuda ao próximo. Criado em 2019 pela Secretaria Adjunta de Cultura, o projeto
“Bordado Solidário” tem como proposta resgatar memórias afetivas, incentivar o
artesanato local e promover ações beneficentes, além de homenagear o município
com peças que retratam pontos turísticos e paisagens naturais. Os encontros são
abertos ao público e acontecem todas as quintas-feiras, das 14h às 16h, na Casa
da Cultura Gabriel Joaquim dos Santos, no Centro.
“Através desse trabalho, que reuniu
15 bordadeiras, realizamos nossa primeira exposição na Casa da Cultura, em
comemoração ao aniversário da cidade. A partir do sucesso e da grande
visibilidade que tivemos, criamos um novo perfil para o grupo, tornando-o um
trabalho solidário. Vendemos os nossos produtos a preços bem acessíveis e toda
a renda é destinada a compra de cobertores e cestas básicas para a população
carente do município”, explicou a diretora municipal de Cultura, Rosângela
Guimarães, uma das artesãs.
Terapia
Durante os encontros, as integrantes
aprendem as diferentes técnicas artesanais, tipos de linha, pontos e aplicações
em tecido. O projeto tem como público-alvo mulheres de todas as idades, mas
qualquer pessoa interessada na arte do bordado pode participar. “Temos mães,
avós e mulheres de diferentes perfis. Já estamos no nosso terceiro encontro
deste ano e eu vejo nelas um anseio para aprender mais, em fazer as peças com
amor e também como forma de doação. O mais bacana é que elas se tornam
multiplicadoras”, afirmou a instrutora de artesanato, Kátia Carvalho.
Professora de artes aposentada, a
moradora da Praia do Sudoeste, Ana Lúcia Corrêa, diz que encontrou na atividade
uma ferramenta terapêutica. “A minha primeira paixão foi com o crochê, mas
sempre gostei de artesanato em geral. Faço lembrancinhas, mandalas, aprendi a
fazer bordados em bolsas, toalhinhas de mão e sempre trago alguma coisa para
doar. Para mim, o grupo é uma terapia e uma forma de aprender coisas novas; uma
maneira de brincar com cores e trabalhar com harmonia. Tem sido uma experiência
maravilhosa”, disse.
Exposição
Atualmente, o grupo das mulheres
bordadeiras se dedica à produção de peças para a exposição comemorativa pelos
403 anos de emancipação do município, que ficará em cartaz na Casa da Cultura,
em maio. Os trabalhos terão como inspiração a Casa da Flor, tombada
pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan),
considerada um dos principais patrimônios artísticos da cidade.
Outro destaque deste ano foi a
inclusão de um dos trabalhos do grupo na feira de Aiguille en Fête, na Paris
Expo Porte de Versailles, o maior parque de exposições da França. O
bordado que leva o nome de São Pedro da Aldeia ficará em exposição ao lado de
centenas de outras peças em bordado, tricô e costura do mundo inteiro, dos dias
11 a 14 de junho.
Para mais informações sobre o projeto
aldeense “Bordado Solidário”, basta entrar em contato com a Casa da Cultura
pelo telefone (22) 2625-5167 ou pelo e-mail casadaculturapmspa@gmail.com. O espaço está localizado na Avenida Francisco
Coelho Pereira, nº 255, no Centro da cidade, próximo à Guarda Municipal.
Fonte: Prefeitura de São Pedro da Aldeia-Assessoria de Comunicação
Texto: Raíra Morena