CAMPOS DOS GOYTACAZES-HÁ CONTROVÉRSIAS

Deputado campista participou de entrevista na sexta-feira

Deputado Federal Marcão Gomes concedeu entrevista, no dia 20 de março, ao “Folha no Ar”, da Folha FM 98.3.

Articulado, discorreu sobre vários assuntos.

Ao final e, antes de formular a pergunta, o apresentador Marco Antônio Rodrigues teceu comentários quanto as críticas que o atual prefeito Rafael Diniz sofre por sempre invocar a situação deixada por sua antecessora.

Ponderou se o prefeito não havia perdido o “time”. Em seguida perguntou como o entrevistado definia os acertos e erros da atual gestão.

O Deputado Marcão, concordou com a premissa do apresentador.

Mencionu que o governo anterior era uma caixa preta muito fechada. Muitas das promessas feitas pelo atual prefeito foram de boa-fé. Ele(prefeito) sabia que não encontraria uma situação confortável, mas, não imaginava que seria o caos que encontrou, que levou, inclusive. a reprovação das contas da ex-prefeita Rosinha Garotinho. No decorrer do mandato, verificou ser impossível cumprir o que havia prometido.

Mais uma vez concordando com o apresentador, entendia que o atual prefeito deveria ter anunciado tudo o que encontrou e as medidas duras que precisaria tomar para conseguir manter a máquina pública funcionando. Se isto tivesse ocorrido no início, abriria uma janela de compreensão para o não cumprimento das promessas feitas.

Faria todo o sentido esta argumentação, não fosse a entrevista concedida, pelo prefeito Rafael Diniz, ao “Terceira Via”, em 07 de janeiro de 2019.

Na entrevista concedida aos jornalistas Marcos Curvello e Aloysio Balbi- Rafael diz que agora o governo vai deslanchar-, o chefe do executivo municipal fala do seu terceiro ano de mandato e as expectativas para a nova fase de sua gestão.Transcrevo, na íntegra, uma das perguntas formuladas e a resposta oferecida:

“Nestes primeiros dois anos o senhor experimentou certa impopularidade. O senhor afirma que isso foi resultado da austeridade necessária. Valeu a pena?

-Ao longo destes dois anos tivemos que tomar decisões difíceis, que outros gestores não tiveram coragem de tomar porque pensavam apenas em um projeto político pessoal. Quando você é obrigado a tomar determinadas decisões, isso reflete na imagem pessoal. Mas sempre deixei claro que, quando assumi, meu compromisso era com o cidadão campista, e não com as próximas eleições. Claro que existe um processo eleitoral, que deve ser respeitado, mas acima de tudo o objetivo sempre foi reconstruir Campos; e é o que estamos fazendo. Daqui pra frente, faremos muito mais, como deseja a população. E tenho certeza de que o cidadão vai reconhecer que muitos remédios amargos foram necessários para curar a nossa cidade e recolocá-la nos trilhos do desenvolvimento.” (o grifo é nosso).

Pelo que se percebe e a insatisfação demonstrada pela população, isto não vem ocorrendo.

Gerson Tavares de Nader