Prefeito Rafael Diniz
se contradiz
Em todo
pronunciamento, o prefeito Rafael Diniz sempre buscou atribuir sua fraca gestão
ao governo anterior e a redução dos recursos provenientes do petróleo.
Este
comportamento parecia ter sido
sepultado no dia 13 de maio deste ano.
Em vídeo postado na página da Prefeitura , no facebook, inicialmente informou que naquele mês, o município recebeu
o menor valor de Participação Especial:R$1.113.000,00. Em seguida ,declarou que
a tendência dali para frente é não mais
poder contar com os royalties e participações especiais. A solução seria
continuar a trabalhar como estava fazendo “desde o início”: reduzindo despesas,
aumentando arrecadação e gerando outras alternativas para aumentar a receita
própria, enumerando-as. Com estas iniciativas, conseguiu aumentar a arrecadação
em 60 milhões.
Entretanto, quer nos parecer, que o prefeito teve uma
recaída.
Em edição de 31 de maio a 06 de junho, o jornal Terceira
Via, traz em sua página 06 , matéria sob o título “Dinheiro acabou, e agora?"
Nela , consta que o prefeito decretou que o dinheiro
havia acabado. Os motivos seriam a crise do mercado e óleo e gás, despesas
extraordinárias causadas pela covid-19 e o pagamento de dívidas. Segundo o enunciado
que ilustra a foto do prefeito, a menor participação especial do petróleo seria
a causa.
A matéria traz,
ainda, manifestação do secretário municipal de Desenvolvimento
Econômico, Felipe Quintanilha. Ele afirma que a queda na arrecadação forcou uma
redução drástica nas despesas de custeio, desde o início do mandato , o que
teria ocasionado a suspensão de diversas despesas que não eram sustentáveis e a
diminuição da máquina pública. Ainda segundo o secretário existe o agravante
que a gestão anterior deixou obras inacabadas.
As declarações do prefeito e seu secretário ,contradizem
entrevista concedida pelo chefe do executivo municipal, ao mesmo veículo, no
dia 07 de janeiro de 2019.
Naquela oportunidade, na entrevista concedida aos
jornalistas Marcos Curvello e Aloysio Balbi- Rafael diz que agora o governo vai
deslanchar-, Rafael Diniz fala do seu terceiro ano de
mandato e as expectativas para a nova fase de sua gestão.
Transcrevo, na íntegra, uma das perguntas formuladas e a
resposta oferecida:
“Nestes primeiros dois anos o senhor
experimentou certa impopularidade. O senhor afirma que isso foi resultado da
austeridade necessária. Valeu a pena?
-Ao longo destes dois anos tivemos que tomar decisões
difíceis, que outros gestores não tiveram coragem de tomar porque pensavam
apenas em um projeto político pessoal. Quando você é obrigado a tomar
determinadas decisões, isso reflete na imagem pessoal. Mas sempre deixei claro
que, quando assumi, meu compromisso era com o cidadão campista, e não com as
próximas eleições. Claro que existe um processo eleitoral, que deve ser
respeitado, mas acima de tudo o objetivo sempre foi reconstruir Campos; e é o
que estamos fazendo. Daqui pra frente, faremos muito mais, como deseja a
população. E tenho certeza de que o cidadão vai reconhecer que muitos remédios
amargos foram necessários para curar a nossa cidade e recolocá-la nos
trilhos do desenvolvimento.” (o grifo é nosso)
Como se vê, além
da recaída , as contradições continuam.
Gerson Tavares de
Nader