segunda-feira, 1 de junho de 2020

CAMPOS DOS GOYTACAZES-RECAÍDA


Prefeito Rafael Diniz se contradiz

























Em todo pronunciamento, o prefeito Rafael Diniz sempre buscou atribuir sua fraca gestão ao governo anterior e a redução dos recursos provenientes do petróleo.
Este comportamento  parecia ter sido sepultado  no dia 13 de maio deste ano. Em vídeo postado na página da Prefeitura , no facebook, inicialmente  informou que naquele mês, o município recebeu o menor valor de Participação Especial:R$1.113.000,00. Em seguida ,declarou que  a tendência dali para frente é não mais poder contar com os royalties e participações especiais. A solução seria continuar a trabalhar como estava fazendo “desde o início”: reduzindo despesas, aumentando arrecadação e gerando outras alternativas para aumentar a receita própria, enumerando-as. Com estas iniciativas, conseguiu aumentar a arrecadação em 60 milhões.
Entretanto, quer nos parecer, que o prefeito teve uma recaída.
Em edição de 31 de maio a 06 de junho, o jornal Terceira Via, traz em sua página 06 , matéria sob o título “Dinheiro acabou, e agora?"
Nela , consta que o prefeito decretou que o dinheiro havia acabado. Os motivos seriam a crise do mercado e óleo e gás, despesas extraordinárias causadas pela covid-19 e o pagamento de dívidas. Segundo o enunciado que ilustra a foto do prefeito, a menor participação especial do petróleo seria a causa.
A matéria  traz, ainda,  manifestação  do secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Felipe Quintanilha. Ele afirma que a queda na arrecadação forcou uma redução drástica nas despesas de custeio, desde o início do mandato , o que teria ocasionado a suspensão de diversas despesas que não eram sustentáveis e a diminuição da máquina pública. Ainda segundo o secretário existe o agravante que a gestão anterior deixou obras inacabadas.
As declarações do prefeito e seu secretário ,contradizem entrevista concedida pelo chefe do executivo municipal, ao mesmo veículo, no dia 07 de janeiro de 2019.
Naquela oportunidade, na entrevista concedida aos jornalistas Marcos Curvello e Aloysio Balbi- Rafael diz que agora o governo vai deslanchar-, Rafael Diniz fala do seu terceiro ano de mandato e as expectativas para a nova fase de sua gestão.
Transcrevo, na íntegra, uma das perguntas formuladas e a resposta oferecida:

“Nestes primeiros dois anos o senhor experimentou certa impopularidade. O senhor afirma que isso foi resultado da austeridade necessária. Valeu a pena?

-Ao longo destes dois anos tivemos que tomar decisões difíceis, que outros gestores não tiveram coragem de tomar porque pensavam apenas em um projeto político pessoal. Quando você é obrigado a tomar determinadas decisões, isso reflete na imagem pessoal. Mas sempre deixei claro que, quando assumi, meu compromisso era com o cidadão campista, e não com as próximas eleições. Claro que existe um processo eleitoral, que deve ser respeitado, mas acima de tudo o objetivo sempre foi reconstruir Campos; e é o que estamos fazendo. Daqui pra frente, faremos muito mais, como deseja a população. E tenho certeza de que o cidadão vai reconhecer que muitos remédios amargos foram necessários para curar a nossa cidade e recolocá-la nos trilhos do desenvolvimento.” (o grifo é nosso)

Como se vê,  além da recaída , as contradições continuam.
Gerson Tavares de Nader