As maiores redes
sociais do mundo passam a atuar no e-commerce
Demorou, mas aconteceu. O Facebook finalmente anunciou o
recurso “Lojas”, que vai permitir a ampla oferta de produtos na rede social e também
no Instagram, de propriedade da empresa. Agora, comerciantes poderão montar
lojas virtuais semelhantes às de grandes sites de e-commerce em suas páginas no
Facebook ou no Instagram, e permitir que consumidores possam acessar catálogos
de produtos, salvar itens e realizar pedidos no site da empresa.
De acordo com o comunicado divulgado pelo Facebook, o
novo recurso tem como objetivo “ajudar as pequenas empresas a adaptarem-se e a
facilitar cada vez mais ao cliente o processo de escolha e compra de um produto”.
Com mais de 160 milhões de pequenos negócios do país
utilizando o aplicativo, o lançamento deve trazer uma nova fonte de lucro para
o Facebook, oferecendo opções de propagandas para lojas cadastradas, além de
possuir um sistema de pagamento direto do Facebook e Instagram Shops.
Os Shops poderão ser encontrados nas páginas de empresas
do Facebook e nos perfis do Instagram, além de aparecerem em Stories ou
serem promovidos em anúncios. Todos os itens que empresas disponibilizarem para
compra aparecerão na loja, podendo ser salvos ou até comprados por usuários.
As ferramentas permitem que usuários façam compras
diretamente no Facebook, ou, se preferirem, direcionem o comprador para o site
da empresa, onde deverá concluir a transação.
“Será possível também oferecer Suporte ao Cliente através
do Messenger, Instagram e WhatsApp”, disse a empresa em comunicado.
Eventualmente, as duas redes sociais deverão permitir compras diretamente na
janela de bate-papo e compras através de transmissões ao vivo, permitindo que
marcas e criadores etiquetem itens de seus catálogos nas duas plataformas para
que apareçam na parte inferior dos vídeos ao vivo.
Mais uma saída para o comerciante
O anúncio da empresa americana chega em boa hora. Depois
da pandemia do novo coronavírus e a obrigação do comércio em fechar as portas,
o comércio eletrônico e a presença digital tornaram-se a única saída para
milhões de empresários salvarem seus negócios durante e após a crise. “O
comércio digital não é mais uma questão de escolha ou tendência. Passou a ser
uma questão de sobrevivência”, diz Louise Alves Machado, gestora de soluções do
Sebrae.
Se antes as pequenas empresas usavam a tecnologia apenas
para o básico de seus processos administrativos e contábeis, agora elas têm o
desafio de se digitalizar, sendo o e-commerce uma das soluções para a venda de
seus produtos e serviços. “É preciso conhecer as ferramentas digitais que já
existem para abrir a possibilidade da venda online”, explica Melina Alves,
fundadora e CEO da DUXcoworkers. “O Facebook e o Instagram passaram a somar no
universo de alternativas para comerciantes e, assim como as demais redes
sociais, se tornarão essenciais nas estratégias de venda e demarketing”, diz.
A ideia de Zuckerberg é justamente atrair empresas
pequenas que ainda não deram o salto para o digital e que não sabem muito bem
como começar. Essas lojas poderão ter seu espaço gratuito, personalizá-lo como
quiserem, comprar publicidade no Facebook e, é claro, aceitar pagamentos de
compradores interessados em seus produtos.
Importante ressaltar que com mais essa possibilidade de
vendas, aumenta a importância de comerciantes terem um atendimento preparado,
tanto no que tange o material humano quanto a tecnologia que respalda as
equipes, integrando plataformas e auxiliando-os com chats, chats bots com
inteligência artificial, help desk e outras soluções para atendimento
remoto.
Em teste
No mesmo dia em que foi anunciado o Facebook e Instagram
Shops, a empresa lançou a página Introducing Checkout on Instagram, que explica como é
simples finalizar uma compra através do novo recurso. Com poucos cliques, o
usuário poderá selecionar produtos cadastrados por empresas, dentro de imagens
de publicações, pegando um atalho para o produto, definindo forma de pagamento
e detalhes de envio.
De acordo com a página, o checkout no Instagram
está na versão beta, fechado para empresas como Adidas, Dior, Zara, Prada e
Nike, disponível somente para pessoas nos EUA. Outras marcas serão lançadas nas
próximas semanas, muitas delas de pequenos negócios, principais afetados pela
pandemia do COVID-19.
Fonte/Texto: CDL-Campos dos Goytacazes