domingo, 29 de setembro de 2019

CAMPOS DOS GOYTACAZES-A UFF E O CORTE NA VERBA PARA A EDUCAÇÃO


Assunto foi abordado na entrevista do Diretor da Instituição

















No dia 26 do corrente, o diretor da UFF-Campos dos Goytacazes, Roberto Cesar Rosendo, concedeu entrevista ao programa Folha no Ar, da Folha FM, de Campos.

Sempre de forma equilibrada, discorreu sobre vários assuntos-economia, royalties do petróleo, dentre outros- além daqueles inerentes à Universidade que dirige.

Gostaria de me fixar naquilo que diz respeito ao bloqueio de verbas do Governo Federal para a Educação.

Conforme já amplamente noticiado, o bloqueio foi da ordem de 6 bilhões. Desses, 2,2 bilhões seriam destinados as Universidades Federais.

Segundo o Diretor da UFF, o contingenciamento aconteceu em outros governos, mas, considera este extremamente severo.

Esclareceu que em finanças públicas existem duas formas de recursos: capital e custeio.Capital permite que se façam investimentos na construção de edificações e compras de equipamento. Os recursos de custeio não permitem a compra, mas tão somente a locação de equipamentos.

Afirmou que, por forca do contingenciamento, os recursos para investimentos estão cada vez mais escassos e os de custeio sofreram este ano uma redução de 30%.

Através de mobilização interna conseguiu-se prorrogar o contrato dos 3 blocos de contêineres, até março do ano que vem. Eles abrigam cerca de 2.300 alunos do total de 3.500.O aluguel mensal é de 170mil. A partir de março, é uma incógnita.

Por forca das restrições orçamentárias já mencionadas, uma das alternativas seria buscar-se os recursos através das emendas parlamentares, que entrariam no orçamento do governo para 2020. Estes recursos seriam destinados a conclusão das obras do novo campus, que se encontram paralisadas desde 2015.Seriam necessários cerca de 50 milhões.

Com este objetivo, esteve em Brasília, no mês passado para defender a prioridade dos recursos para a UFF-Campos. Entretanto, naquele momento foram discutidos apenas os critérios. Um deles foi que das 15 emendas prioritárias da bancada do Rio de Janeiro, duas delas seriam para Educação e Saúde. Segundo ele já existe o comprometimento de cerca de 08 deputados e espera a adesão de outros.

Com toda certeza, outras Universidades públicas devem se encontrar em situação idêntica ou pior que a UFF.

Pobre do País, em que a Educação   e Instituições dependem da benevolência de políticos, já que o Governo Federal descumpre a própria Constituição e prioriza assuntos menores, em detrimento de outros mais relevantes.



Gerson Tavares de Nader