segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

PESQUISA BRASILEIRA DA MÍDIA-2016



Ontem, 15 de janeiro, o sitio do jornal “O Estado de São Paulo, publicou matéria sob o título “Papel democrático do jornalismo”. A matéria divulga pesquisa do Ibope sobre a confiabilidade da população, na mídia.




























Os dados divulgados foram os seguintes:

-60% dos entrevistados afirmam confiar sempre ou muitas vezes nos jornais. Em 2014 e 2015 o percentual era de 53% e 58%, respectivamente;

-aumento no índice de leitura dos jornais. Em 2016, 32% dos entrevistados responderam que, ao menos uma vez por semana, leram algum jornal. No ano anterior, o índice foi de 21%;

- aumento da leitura do jornal na versão digital. Entre os leitores habituais de jornal, o porcentual de pessoas que afirmaram ler mais na versão digital subiu de 10% para 30%, entre 2015 e 2016; 

- outros meios de comunicação que fazem jornalismo profissional também têm boas taxas de confiança. Por exemplo, 57% dos entrevistados afirmaram confiar no rádio; 54%, na TV; e 40%, nas revistas;

- em contrapartida, cresceu a desconfiança nas redes sociais. Segundo a pesquisa do Ibope, 84% dos brasileiros confiam poucas vezes ou nunca confiam nas informações obtidas por meio das redes sociais. No estudo anterior, o índice de desconfiança era de 71%;

- também se observou um aumento da desconfiança em relação aos blogs – de 69% para 83% – e aos sites – de 67% para 78%. 

A matéria tece algumas considerações sobre o resultado da pesquisa.Algumas tendenciosas , outras fundamentadas, como esta:

 “-Os dados mostram que o público consegue distinguir, na mesma plataforma digital, as diferentes fontes de informação e perceber que cada uma merece um específico grau de confiança. Tal discernimento é de grande importância para a vida social e política.
Só assim ela não estará vulnerável aos aproveitadores de plantão, que manobram com destreza as fragilidades do mundo digital em benefício próprio”

É óbvio que equívocos também são publicados na chamada “grande mídia”. Além disto, ela possui em seus quadros,  profissionais que, por mais que queiram   demonstrar isenção, nutrem  simpatias por determinados grupos políticos.

Entretanto, a elevação do grau de desconfiança nas redes sociais , blogs e sites são perfeitamente compreensíveis , pela enorme quantidade de notícias falsas que são divulgadas na internet.

Além disto, a leitura de  alguns  sites e blogs não deixam dúvidas quanto à falta de isenção.Comenta-se até, que vários deles são financiados por partidos/causas políticas e pseudos movimentos  sociais.

A tendência é  que estas aberrações diminuam , pela crescente falta de credibilidade.

Transportando o resultado da pesquisa para o “nosso mundo”, talvez duas situações contribuam para o entendimento do aumento da  desconfiança nas redes sociais, blogs e sites.

No dia 13 de janeiro, foi postado no facebook, a transcrição de uma matéria publicada  em uma mídia cujo título foi: BOMBA: MINISTÉRIO PÚBLICO JÁ FOI COMUNICADO SOBRE CONTRATOS EMERGENCIAIS E ADESÕES DE ATAS PARA FUGIR DAS LICITAÇÕES EM ARARUAMA .

Além dos habituais comentários "amistosos”, um dono de jornal, conhecido por sempre apoiar o governo, postou o seguinte: 

“não liga não! Essa página é patrocinada pelo casal que acabou de deixar a prefeitura. E criada somente para atacar as pessoas de bem, quem comanda essa página recebe quase 30 mil/ mês da ALERJ, dinheiro do povo, para ficar atacando as pessoas. Teve a chance de fazer e não vez, perdeu a vez...”

Plagiando o prefeito de São Paulo: “que cara de pau”!

Outro fato, diz respeito a matéria publicada, em 17 de dezembro 2016, em um blog, que passou a divulgar antecipadamente, importantes ações da prefeita Livia Soares Bello da Silva.

Nela é mencionado que o Jornal do Brasil hoje é completamente virtual e, que  esse será o futuro dos jornais impressos.

Ora, quem conhece um pouco da história do jornalismo, sabe que o que decretou o fim do jornal impresso, foi a sua falência, ocasionada pela má administração. Não foi uma escolha. Foi uma necessidade.

Além da má administração, as constantes quedas nas vendas dos exemplares, que chegou a 20.941 em março de 2010, fez com que a partir de 01 de outubro do mesmo ano, o “Jornal do Brasil” se tornasse apenas digital.
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O autor da matéria, manifesta ainda a opinião que “só conseguirão se manter com credibilidade e acesso do público, aqueles que entenderem que, a mentira tem perna curta e grossa, e que com um simples clique, ela pode ser desmascarada.”

Concordo. Mesmo com a autopromoção e a bajulação tão em moda nestes tempos, este tipo de mídia não vai durar muito.




Gerson Tavares de Nader