Nesta quarta, às 18h
Para marcar o Dia do Cinema Brasileiro, a Casa de Cultura
Villa Maria apresenta nesta quarta-feira, 19/06/24, às 18h, o filme ‘Rio, Negro
‘, da Quiprocó Filmes, dirigido por Fernando Sousa e Gabriel Barbosa.
Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política da UENF,
Fernando Sousa participará, após a exibição do filme, de um debate com a
participação do professor Roberto Dutra, do Centro de Ciências do Homem da UENF
(CCH), e do jornalista Aluysio Barbosa, do grupo Folha da Manhã. A exibição é
promovida pela Casa de Cultura Villa Maria, o Cine Darcy UENF e a Quiprocó
Filmes.
O Dia do Cinema Brasileiro é comemorado em 19 de junho,
pois, nesta mesma data, em 1898, foram realizadas as primeiras imagens a partir
da tecnologia do cinematógrafo no Brasil. O longa aborda e demarca — por meio
de entrevistas com grandes personalidades e intelectuais cariocas, além de
imagens históricas — os processos sociais, políticos e as profundas
transformações ocorridas entre a segunda metade do século XIX e o início do
século XXI no Rio devido à presença e à influência de pessoas negras de origem africana.
“Rio, Negro” estreou em março de 2023 nos cinemas, tendo
sido selecionado recentemente para o Dubai Festival 2023 e sendo exibido
em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Palmas, Balneário Camboriú, Porto
Alegre, entre outras. Também integrou a seleção oficial do Dubai Festival 2023,
e concorreu ao prêmio de Melhor Documentário sobre a Diáspora no 19th
African Movie Academy Awards, maior premiação do cinema africano.
A história é contada por meio de depoimentos de
importantes ativistas do movimento negro, artistas, arquitetos e outros
pensadores da cidade, tais como o ator Haroldo Costa, o escritor Luiz Antonio
Simas, a vereadora Tainá de Paula, o carnavalesco Leandro Vieira, o ritmista Eryck
Quirino, a atriz Juliana França, a ialorixá Mãe Meninazinha de Oxum, a
historiadora Ynaê Lopes, os pesquisadores Christian Lynch, Nielson Bezerra e
Eduardo Possidonio, entre outros.
O longa é apresentado e financiado pela Casa Fluminense,
uma organização da sociedade civil que constrói coletivamente políticas e ações
para a Região Metropolitana do Rio de Janeiro e traz uma perspectiva
afrocentrada sobre a formação da cidade, revelando o protagonismo individual e
coletivo da população negra, bem como a perseguição institucional que culmina
na transferência da capital para Brasília também como uma estratégia de
apagamento desta população.
Fonte/Texto: Ascom-UENF