Grupo de Trabalho vai atuar em conjunto com Comitê do Baixo Paraíba do Sul e Itabapoana
O Grupo de Trabalho do Comitê
de Bacia Hidrográfica dos rios Macaé e das Ostras (CBH Macaé) sobre a
Transposição do Rio Macabu, da Região Hidrográfica IX realizou a primeira
reunião, na qual se elegeu o coordenador e coordenador adjunto e definiu as
ações iniciais do GT. Maria Inês Paes Ferreira, representante do Instituto
Federal Fluminense (IFF), se prontificou a assumir a coordenação do grupo e
Affonso Henrique de Albuquerque Jr, representante da Empresa de Assistência
Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro (Emater-Rio), será o
coordenador adjunto. Esse grupo tem objetivo de estudar as questões relativas à
transposição da bacia do Rio Macabu para bacia do Rio Macaé.
Nessa primeira reunião
estiveram presentes o presidente do CBH do Baixo Paraíba do Sul e Itabapoana
(CBH-BPSI), Zenilson do Amaral Coutinho, e o vice-presidente José Armando
Barreto. O GT Transposição vai promover a participação e a integração com o
Grupo de Trabalho também criado no CBH-BPSI, para discussão e análise sobre a transposição
do Rio Macabu. E já tem sua próxima reunião prevista para o dia 21 de novembro.
Essa transposição acontece
devido a um empreendimento de geração de energia elétrica que foi implementado
na década de 1950. Na época, esse empreendimento era denominado Complexo
Hidrelétrico Macabu Glicério e era considerado o maior complexo hidrelétrico da
América Latina. Hoje, essa usina de geração de energia é classificada pela
Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) como uma Pequena Central
Hidrelétrica (PCH), tendo em vista sua capacidade de geração.
De acordo com a coordenadora
do GT Transposição, Maria Inês Paes Ferreira, a captação da água acontece na
represa de Sodrelândia, em Trajano de Moraes, também conhecida como represa da
Tapera. A água represada segue por uma tubulação que leva para o Frade, no alto
curso da Bacia do rio Macaé, local onde a energia é gerada.
“Essa água que gera energia
vem do rio Macabu, que seca por cerca de 10 km em função dessa represa, que
desvia as águas para captação pela tubulação. Depois de gerar energia ela é
lançada no córrego Duas Barras, que é um afluente do São Pedro, e vem a
engrossar então as águas do rio Macaé”, explica Maria Inês.
“Sem essas águas da
transposição do rio Macabu para o rio São Pedro, e depois para o rio Macaé a
gente já estaria em situação de grave de escassez hídrica. Nós não teríamos
água para outorgar, então daí a importância que o Comitê do Macaé vem de alguma
maneira compensar essas águas que são fundamentais para a manutenção das nossas
atividades econômicas e do abastecimento humano”, complementa a coordenadora.
O GT também irá propor, dentro
do Programa de Pagamento do Serviço Ambientais e Boas Práticas (PSA), alguma
destinação de recurso para beneficiar os imóveis provedores que estão situados
nesse trecho da Bacia do Macabu e que sofrem os impactos da transposição.
"Inicialmente, o
principal objetivo dos GTs dos dois comitês é conseguir um mecanismo legal que
possibilite o CBH Macaé aplicar recursos financeiros em outra região
hidrográfica, em razão da transposição. Desde 2014 o Comitê vem tentando fazer
isso e agora com a criação do GT Transposição, por inciativa da presidente do
CBH Macaé, Katia Regina representante do Instituto Bioacqua, reúne forças e
experiências para alcançar esse objetivo" disse o coordenador adjunto,
Affonso Henrique de Albuquerque Jr.
Fonte:
Consórcio Intermunicipal Lagos São João
Texto: Thaisa Azevedo-Assessoria de Comunicação