Hoje completa uma semana que
o Museu Nacional foi atingido por um incêndio
Conforme mencionamos em
artigo publicado no dia 03, o descaso e a irresponsabilidade destruíram um dos
marcos de nossa cultura.
Foi noticiado ontem que a
Policia Federal já identificou onde ocorreu o incêndio. Entretanto, para evitar
especulações sobre sua causa, o fato ainda não foi divulgado. Não se descarta a
hipótese de incêndio criminoso.
Quaisquer que sejam as causas, as matérias divulgadas pela mídia serviram
para escancarar ainda mais o descaso com que a Cultura é tratada neste país.
Como já foi dito, Cultura não traz votos. No máximo prestígio.
A pouca importância desta área pode ser medida pelas desastradas
declarações do prefeito do Rio e do Presidente da República e que geraram
indignação. Elas demonstraram que ambos desconhecem a real importância do Museu.
Talvez, como forma de
sensibilizar as autoridades, foram publicados artigos demonstrando que a
Cultura não deveria ser relegada, uma vez que, quando bem gerida, traz retorno
financeiro. Um dos eventos mencionados foi a Flip. Estudo elaborado pela
Fundação Getúlio Vargas demonstrou que o evento gerou um retorno correspondente
a 13 vezes seus custos. Foram gastos R$3,5milhões na organização do evento, com
resultado total de R$46,9milhões.
Não deixa de ser um argumento
importante para a avaliação de um gestor mas, não é o que deve prevalecer, já
que não se desconhece a importância da Cultura na formação do cidadão.
Um exemplo. O que mais se lê
e escuta nos dias atuais é que o brasileiro não sabe votar. Que deveria ter
mais consciência neste momento. Só não explicam como se chega até ela.Para alcançá-la (consciência)
devem-se levar em conta diversos fatores. Dentre eles e o mais importante é o
conhecimento. E o conhecimento é adquirido através da Educação e Cultura.
Além do descaso, outro fator
que contribui para o esvaziamento da Cultura é o que ocorre ,quase de maneira
generalizada, no Poder Executivo (Federal/Estadual e Municipal).Em sua maioria,
os cargos de importância são preenchidos por apadrinhados políticos ou como retribuição
pelo engajamento em campanhas eleitorais. A meritocracia e a competência não
contam.
Como sempre ocorre, em pouco
tempo a tragédia será esquecida, até que
outra aconteça.
E como anda a Cultura em
Araruama? De mal a pior!!
Em iniciativa que encheu a
todos de esperança, a atual gestão trouxe de volta o Teatro Municipal. Como já comentamos
em matéria anterior, a elogiável iniciativa por si só não seria o bastante para
alavancar a Cultura em nossa cidade. É óbvio que para que isto ocorra é
necessária uma gestão eficiente. E é justamente o que falta.
O Teatro Municipal está subutilizado. Que eventos relevantes ali estão
sendo apresentados? Peça escrita e dirigida pelo marido da Superintendente, que
também atua, não conta.
Que outras atividades inerentes à Cultura estão sendo realizadas? Raríssimas.
Até um projeto que tinha
tudo para se tornar um grande evento e colocar a cidade em destaque na Região,
por pura incompetência, se tornou um fracasso. Refiro-me à GINCANA DE PINTURA “O
EMPODERAMENTO DA MULHER”.
Desde 2013, Araruama vive um
retrocesso cultural do qual dificilmente sairá, persistindo esta fraca
administração.
Gerson Tavares de
Nader