Entidade executa Projeto de Monitoramento de Praias (PMP) em Cabo Frio, Búzios e Arraial do Cabo
Nesta semana, o Instituto Albatroz, que conta com um
Centro de Visitação em Cabo Frio, completou um mês de execução do Projeto de
Monitoramento de Praias (PMP-BC/ES) da Petrobras na Região dos Lagos. A
celebração teve um gostinho especial com a soltura hoje (12/07) do primeiro
albatroz reabilitado pela instituição desde o início das atividades. A
emocionante ação aconteceu na praia de Pernambuca, em Araruama, onde fica o
Centro de Reabilitação e Despetrolização (CRD) do instituto. A
realização do PMP-BC/ES é uma exigência do licenciamento ambiental federal,
conduzido pelo Ibama.
O albatroz-de-nariz-amarelo (Thalassarche chlororhynchos)
recebeu um rastreador, que fica fixado no seu corpo e envia sinais para que o
instituto possa monitorar o seu deslocamento e a interação com embarcações de
pesca, que é uma das principais ameaças a essas aves oceânicas ameaçadas de
extinção. A ave foi resgatada no dia 16/06, estabilizada por outra instituição
e deu entrada no Centro de Reabilitação e Despetrolização (CRD) do Instituto
Albatroz no dia 25/06, onde ficou em reabilitação até estar pronto para voltar
para o oceano.
A soltura foi possível por conta da execução do
PMP, que permite ao Instituto Albatroz monitorar 25 praias espalhadas
pelas cidades de Cabo Frio, Arraial do Cabo e Búzios, somando 54 quilômetros de
faixa de areia. Nos trechos, as aves marinhas e as tartarugas encontradas
encalhadas são encaminhadas ao CRD. A população também pode participar,
acionando as equipes de monitoramento ao avistar um animal marinho vivo ou
morto nas praias, através do telefone 0800 991 4800.
Sobre os Albatrozes
Os albatrozes são aves marinhas migratórias da Ordem dos
Procellariiformes que passam a maior parte da vida em alto-mar e visitam a
terra firme apenas para se reproduzir e cuidar de seus filhotes. Existem 22
espécies de albatrozes no mundo, quase todas ameaçadas de extinção, e 11 delas
sobrevoam águas do Brasil ou interagem com a pesca brasileira.
Os albatrozes sofrem especialmente devido à poluição dos
oceanos com lixo plástico e a interação com a pesca de espinhel pelágico -
técnica de pesca industrial praticada em alto-mar para capturar peixes de
grande porte como atuns, espadartes e tubarões. Ao tentarem comer as iscas
lançadas ao mar, as aves ficam presas aos anzóis e são puxadas para dentro da
água, onde morrem afogadas. Trabalhar para reduzir essa captura é a missão do
Projeto Albatroz.
Telefone de contato para acionamento do PMP-BC/ES na
Região dos Lagos: 0800 991 4800
Fonte/Texto: Gracie Croce