Média de descontos será de 24%
Cada vez mais
incorporada ao calendário de datas comemorativas do varejo nacional, a Black
Friday deve mobilizar mais empresários neste ano, acompanhando a tendência de
recuperação da economia. Dados apurados em todas as regiões do país pela
Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção
ao Crédito (SPC Brasil) mostram que 21% dos
empresários brasileiros, que atuam no comércio e no ramo de
serviços, devem aderir ao dia de promoções da Black Friday 2019, que neste ano
será comemorada no dia 29 de novembro. Se as estimativas se confirmarem, haverá
um crescimento de adesões, uma vez que em 2018, 16% dos empresários
participaram do evento.
De modo geral, os empresários que vão aderir a Black
Friday estão esperançosos com a data e veem potencial na edição deste ano. A
pesquisa aponta que 43% dos
empresários consultados acreditam que, durante o evento, as
vendas em 2019 serão melhores do que as do ano passado, enquanto 32% falam em
estabilidade. Apenas 11% projetam vendas piores.
A experiência em anos anteriores explica a razão do
otimismo desses empresários. Dentre os que aderiram a Black Friday em 2018, a maioria (63%) obteve bons resultados de vendas,
seja por terem vendido acima das expectativas (20%) ou obtido um resultado
conforme o esperado (43%). Em contrapartida, pouco mais de um terço (34%) dos
empresários registrou vendas abaixo do projetado.
Na avaliação do presidente da CNDL, José Cesar da Costa, a
Black Friday é uma data ainda recente no comércio brasileiro, mas que vem
ganhando espaço conforme os anos. “Inspirada nos Estados Unidos, a data chegou
ao Brasil com foco na venda on-line. Hoje, já é possível ver o varejo físico
aderindo às promoções. É uma oportunidade para vender mais, comercializar
estoques parados e também para o empresário avaliar tendências de compra,
tornando a sua marca mais conhecida e fidelizar novos clientes”, afirma Costa.
57%
veem na Black Friday oportunidade para ganhar clientes. Promoções serão
principal estratégia e descontos serão, em média, de 24%
Considerando os empresários que vão participar da Black
Friday deste ano, seis em
cada dez (57%) acreditam que a data representa uma oportunidade para
divulgar a loja e prospectar novos clientes e 43% veem a chance de aumentar as
vendas. Há ainda um quarto (25%) de empresários que querem desovar estoques
parados.
Já para os que optaram em não participar da edição, o
principal argumento é o fato de não acreditarem que as vendas aumentem no
período (60%). Outros 17% pensam que somente grandes marcas participam da Black
Friday e, por isso, avaliam que é melhor não competir com elas.
Quanto às formas de preparação, as promoções especiais (55%) serão a principal
estratégia dos empresários. Há ainda 42% que vão investir
na divulgação da empresa, 23% que planejam aumentar os estoques, 16% que vão
apostar na variedade de produtos e serviços ofertados e 11% que irão investir
na operação das vendas pela internet, alcançando um público maior. O percentual médio de desconto deve girar em
torno de 24%, percentual um pouco menor do que os 29% da
pesquisa de 2018.
54% não acham que compras antecipadas da Black
Friday prejudicam o Natal. SPC Brasil dá dicas para empresário ter sucesso nas
vendas e não frustrar consumidor
Nos últimos anos muito tem se falado sobre a possível
interferência da Black Friday nas compras de Natal, a data mais lucrativa do
varejo para o ano. No entanto, os empresários sondados dizem, em sua maioria,
que uma data não prejudica a outra. Para 54%
esse tipo de interferência não existe e para 33%, o evento
até mesmo contribui para o Natal vender ainda mais. Outros 8% falam em prejuízo
no Natal por conta das vendas antecipadas na Black Friday.
Um indicativo de que as vendas da Black Friday não se
sobrepõem as do Natal são as diferentes características de compras em cada uma
das datas, avalia o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior. “Na
Black Friday é comum o consumidor aproveitar as ofertas para adquirir produtos
para si ou para a casa, principalmente os de valor agregado, como smartphones,
eletrônicos e eletrodomésticos. Já no Natal, prevalece a força da tradição de
presentear familiares e amigos como força de demonstrar afeto e reforçar
laços”, explica o presidente do SPC Brasil.
Pellizzaro Junior orienta que para atender bem a
experiência de compra dos consumidores, os empresários que decidirem aderir a
Black Friday precisam estar devidamente preparados, com estoques organizados e
em quantidade suficiente para atender a demanda dos consumidores. “A logística
para receber os clientes e entregar os produtos em tempo hábil também são
pontos de atenção, assim como uma política transparente de descontos
vantajosos. O consumidor que compra na Black Friday está mais experiente e sabe
a quem recorrer caso se sinta enganado. Hoje existem diversos mecanismos de
verificação de preço e de compartilhamento de opiniões. O empresário que não
estiver preparado pode causar uma impressão negativa do consumidor, que não vai
querer voltar a sua loja”, afirma.
Metodologia
A pesquisa ouviu 1.177 empresários de todos os portes que
atuam no comércio e no setor de serviços nas cinco regiões do país, tanto nas
capitais quando no interior. A margem de erro é de no máximo 3,00 pontos
percentuais a uma margem de confiança de 95%.
Fonte/texto:CDL-Campos dos Goytacazes