Espécie corre risco
de extinção
A coordenadoria geral do Meio Ambiente, que faz parte
da secretaria de Desenvolvimento da Cidade, tomou posse da sede do Parque
Natural Municipal do Mico Leão Dourado, localizado em Tamoios, no Centro
Hípico, dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) da Bacia do Rio São
João. A retomada da unidade, que estava fechada, foi definida em função do
crescente aparecimento de famílias inteiras de micos leões dourados durante as
ações de fiscalização ambiental e fundiária. O fato é surpreendente para os
especialistas, já que a espécie corre risco de extinção e está listada como
espécie em perigo tanto pela União Internacional para a Conservação da Natureza
(IUCN), órgão da Unesco, quanto pelo ICMBio.
Criado em 1997, o Parque é uma unidade de proteção
integral que tem por objetivo a defesa dos últimos remanescentes florestais do
bioma Mata Atlântica. Além de promover pesquisas científicas, o local também é
destinado à educação ambiental e ao turismo ecológico.
A APA da Bacia do Rio São João é uma unidade de conservação de uso sustentável,
com cerca de 150.400 hectares, o que equivale a aproximadamente 1.500 km².
Abrange ecossistemas da Mata Atlântica, como a "mata de baixada",
mangues e a restinga. Tem como objetivo normatizar o uso da terra na área de
ocorrência do mico-leão-dourado.
A APA abriga diversas espécies de animais que estão
ameaçados de extinção, como a preguiça de coleira, lobo-guará, gato-maracajá,
bagrinho, borboleta da praia, onça parda, além do mico leão dourado, animal
símbolo do parque. O mico só existe nesta área do Brasil.
“Como a área vem sendo alvo de constantes invasões e
parcelamento ilegal, nossos fiscais, juntamente com os agentes ambientais,
estão sempre em ronda pelo local e notaram que o número de micos vem crescendo.
Para nós, fiscais fundiários, é uma alegria saber que nosso trabalho também
ajuda na preservação de uma espécie em extinção”, afirmou Ricardo Sampaio,
coordenador de Assuntos Fundiários.
“Eram para estar sendo feitas diversas ações de
preservação do meio ambiente, pesquisas e monitoramento da fauna, baseadas na
sede do parque. Com a retomada da sede, vamos trabalhar para que haja presença
diária de fiscais e para retomarmos as atividades de pesquisas e, em breve, o
Parque poder voltar a receber visitantes”, comemorou o coordenador de Meio
Ambiente, Mario Flavio Moreira.
Fonte/Texto:Coordenadoria de Comunicação-Prefeitura de Cabo Frio