O vídeo tem cerca de 15
minutos.
A Prefeitura de Araruama disponibilizou,
em sua página no facebook, o discurso da prefeita de Araruama ocorrido antes do
início do desfile da Independência.
O discurso, confuso em
alguns momentos, aborda vários assuntos.
Como já é praxe, começa criticando
o governo anterior. Decorridos 8 meses, por tanto a se fazer e ainda se perde tempo olhando para o
passado.
Continuando, fala sobe ações já realizadas e, como se ainda estivesse
em campanha eleitoral, cita o que será feito.
Em outro ponto, menciona que
se preparou para ser prefeita, e em momento de elevadíssima “modéstia”, cita que
as pessoas que a criticam:
- deveriam ter os títulos que ela tem;
- que estudassem o que ela
estudou e, finalizando
- que tenham o cérebro que ela tem.
Nos momentos finais convoca
àqueles que a criticam para que, ao invés disto, contribuam ajudando. Só não
falou como.
Pode ser que a prefeita não
saiba que a crítica também é uma forma de ajuda. Quando bem fundamentadas, sem conotações
revanchistas ou partidárias e feitas sem ofensas, podem contribuir e em muito. Cabe
a quem as recebe, analisá-las e, se adequadas, adotar as correções devidas.
Caso contrário, ignorá-las.
Já foi dito que ,a capacidade de absorver as críticas e aprender algo
com elas é uma característica de quem tem um alto grau de maturidade,
capacidade analítica e pode utilizar o comentário para seu desenvolvimento.
Pode até parecer que não; mas
as críticas quando procedentes
contribuem muito mais que a bajulação de alguns assessores e “admiradores”.
Frei Betto, em seu livro a “Mosca Azul-Reflexão
sobre o Poder”, no capítulo que trata das relações humanas na política,
escreveu:
“Homens públicos não costumam gostar de críticas. Raros os que
indagam sobre o próprio desempenho, pedem críticas a seus correligionários e
cercam-se de assessores que lhes deem sugestões. Em geral, pensa-se deles o que
nem sequer suspeitam e não exatamente o que pensam que se pensa. Quem duvidar,
pergunte".
Recomendo a leitura.
Gerson
Tavares de Nader