quarta-feira, 13 de setembro de 2017

ARARUAMA- O CONFUSO DISCURSO DA PREFEITA

O vídeo tem cerca de 15 minutos.













A Prefeitura de Araruama disponibilizou, em sua página no facebook, o discurso da prefeita de Araruama ocorrido antes do início do desfile da Independência.

O discurso, confuso em alguns momentos, aborda vários assuntos.

Como já é praxe, começa criticando o governo anterior. Decorridos 8 meses, por tanto a se  fazer e ainda se perde tempo olhando para o passado.

Continuando, fala sobe  ações já realizadas e, como se ainda estivesse em campanha eleitoral, cita o que será feito.

Em outro ponto, menciona que se preparou para ser prefeita, e em momento de elevadíssima “modéstia”, cita que as pessoas que a criticam:

- deveriam ter os títulos que ela tem;

- que estudassem o que ela estudou e, finalizando

- que tenham o cérebro que ela tem.

Nos momentos finais convoca àqueles que a criticam para que, ao invés disto, contribuam ajudando. Só não falou como.

Pode ser que a prefeita não saiba que a crítica também é uma forma de ajuda. Quando bem fundamentadas, sem conotações revanchistas ou partidárias e feitas sem ofensas, podem contribuir e em muito. Cabe a quem as recebe, analisá-las e, se adequadas, adotar as correções devidas. Caso contrário, ignorá-las.

Já foi dito que ,a capacidade de absorver as críticas e aprender algo com elas é uma característica de quem tem um alto grau de maturidade, capacidade analítica e pode utilizar o comentário para seu desenvolvimento.

Pode até parecer que não; mas as  críticas quando procedentes contribuem muito mais que a bajulação de  alguns assessores e “admiradores”.

Frei Betto, em seu livro a “Mosca Azul-Reflexão sobre o Poder”, no capítulo que trata das relações humanas na política, escreveu: 

“Homens públicos não costumam gostar de críticas. Raros os que indagam sobre o próprio desempenho, pedem críticas a seus correligionários e cercam-se de assessores que lhes deem sugestões. Em geral, pensa-se deles o que nem sequer suspeitam e não exatamente o que pensam que se pensa. Quem duvidar, pergunte". 

Recomendo a leitura.

Gerson Tavares de Nader