Há muito o que se fazer
De há muito se tem falado da necessidade em se promover a
revitalização do centro de Campos dos Goytacazes.
Em linhas gerais, a revitalização compreende a
recuperação de áreas degradadas ou subutilizadas, criação de novas dinâmicas
econômicas, sociais e culturais, melhoria do espaço físico, recuperação de
imóveis e criação de novos usos.
Cabe às Prefeituras a responsabilidade pelo desenvolvimento
de estratégias e programas, que devem ser implementados em parceria com o setor
privado, instituições e a comunidade.
Em 24 de abril de 2024, a prefeitura de Campos dos
Goytacazes, divulgou em seu portal, matéria relatando o que seria o início das ações
sobre o tema. LINK
No dia 29 de outubro, do mesmo ano, a Prefeitura noticiou
o 1º Seminário de Revitalização de Centros Urbanos, uma iniciativa da Câmara de
Dirigentes Lojistas de Campos- CDL. Este evento, contou com o patrocínio e
apoio de diversas entidades, dentre elas a Prefeitura. LINK
Nesta matéria, foram descritas as ações realizadas pela
Prefeitura, transcritas a seguir:
“O governo municipal também promoveu ações de
revitalização, como a limpeza de canaletas do Calçadão, reconstrução de
calçadas e reforma de monumentos históricos. As ações incluíram, ainda, a
implantação da Secretaria Municipal de Turismo no Cais da Lapa, um dos
principais cartões postais de Campos, que passou a sediar mais eventos. O
objetivo é tornar o Centro mais atrativo para o interesse turístico e, ao mesmo
tempo, movimentar ainda mais a atividade comercial”.
No dia 05 de novembro de 2024, o portal da Prefeitura,
fez menção à sua participação no 1º Seminário de Revitalização de Centros
Urbanos. LINK.
Salvo engano de minha parte, foi a última manifestação do executivo municipal
sobre o assunto.
Da matéria divulgada, destacamos a participação do
secretário municipal de Planejamento Urbano, Mobilidade e Meio Ambiente,
Cláudio Valadares. Segundo ele, dentre os objetivos do plano estão: "promover
intervenções na área central para valorizar as potencialidades econômicas da
região, dar continuidade ao processo de adequação de vias, garantir condições
para o acesso livre de pedestres, modernizar a iluminação pública e os serviços
básicos de infraestrutura, requalificar as praças, arborizar as vias públicas,
propor a conservação de imóveis com relevância arquitetônica e bens tombados e
melhorar os serviços públicos na área central. Um dos projetos já em andamento
é o Retrofit, que prevê isenções fiscais para que imóveis comerciais da área
central sejam transformados em imóveis residenciais".
No dia 06 de novembro, noticiamos como foi o 1º Seminário
de Revitalização de Centros Urbanos. LINK
Gostaríamos de destacar a participação de Ana Paula
Vilaça, chefe do gabinete do Centro de Recife, que compartilhou a experiência
da capital pernambucana na revitalização de áreas centrais.
Segundo ela, “a reabilitação dos centros históricos
integra cultura, arte, comércio, serviços e habitação. Essa é uma temática
abrangente, que demanda o engajamento dos municípios para que possamos
compartilhar e aplicar as experiências de forma coletiva”.
Destacou, ainda, o programa "Recentro",
implementado em 2021 pelo prefeito de Recife, João Campos. Segundo ela,
“possuímos uma estrutura administrativa focada na gestão integrada do Centro
Histórico, promovendo um diálogo contínuo com atores estratégicos, como o Porto
Digital, os comerciantes e a CDL, para abordar as pautas essenciais da região.
Essa integração facilita a atração de pessoas de volta aos centros históricos,
um desafio comum em várias partes do mundo”.
Várias Prefeituras têm dado relevância ao tema. Uma
delas, por exemplo a de Niterói, noticiou que investiu R$ 420 milhões na
revitalização do centro. LINK
Com todo respeito ao prefeito Wladimir Garotinho, as
ações realizadas pela Prefeitura estão muito aquém do que é preciso ser feito e
do que foi noticiado que o governo municipal faria.
O prefeito poderia manifestar-se a respeito.
Gerson Tavares de
Nader