Circula
nas redes sociais, vídeo do discurso da prefeita Livia Soares Bello da Silva,
por ocasião do início do projeto “Quarta é feira na Praça”
O pronunciamento tem
cerca de 18 minutos.
Esperava-se que a chefe
do executivo municipal fosse enumerar os objetivos e benefícios do projeto. Entretanto,
mais uma vez, (até quando?), a Sra. Livia Bello preferiu dedicar a maior parte
de seu pronunciamento proferindo críticas à gestão anterior-em torno de 14
minutos-, a maior parte delas uma repetição do que já havia mencionado no dia
15 de dezembro de 2017.
Além disto, mostrou-se
indignada com as criticas que vem recebendo, inclusive por parte da população, já que
está “apenas” há 1ano e 3 meses à frente do governo.Justifica, ainda, a improcedência
das críticas, ao fato de que desde a campanha havia informado que suas
prioridades seriam a Saúde, Educação e Desenvolvimento Econômico.
Com todo o respeito, acho
que a prefeita precisa rever seus conceitos.
Em primeiro lugar,
prioridade não significa exclusividade. A despeito de suas “prioridades”, um
governante não pode “fechar os olhos” para aquilo que aflige a população.
Em segundo lugar, e, com
relação às suas prioridades, parte das críticas que vem recebendo é justamente na
área da Saúde, por não ter cumprido, pelo menos, duas de suas promessas: acabar
com a fila no PAM e a reabertura da Casa de Caridade. No que se refere a
Educação, grande parte da insatisfação dizem respeito às condições/fechamento de
algumas escolas e o que vem ocorrendo com a Escola Politécnica, antes uma referência
em nossa região. Com relação ao Desenvolvimento Econômica, confesso que
desconheço o que vem sendo realizado. Seria interessante que a prefeita
mencionasse o que já foi implantado e o que isto está contribuindo para o crescimento
da cidade.
Quem escolhe exercer uma função
pública tem a obrigação de aprender a conviver com as críticas, até porque ela
não deve desconhecer que reivindicar é um direito de qualquer cidadão. As
críticas devem ser analisadas, promovendo-se a correção do que se fizer
necessário, ignorando as que julgar improcedentes.
Seria mais produtivo para
a cidade, que a prefeita, ao invés de continuar usando a gestão anterior como
justificativa, dedicasse este mesmo tempo para o atendimento das reais necessidades
da população.
Gerson
Tavares de Nader