Resultado das eleições
realizadas no dia 07 apresentaram alguns fatos que devem ser levados em
consideração
O primeiro deles, como já amplamente noticiado, foi o fato
de que nenhum dos candidatos que representavam nosso município foram eleitos.
Marcelo Amaral candidato a deputado estadual e Paulo Roberto Russo
concorrente a uma vaga na Câmara Federal tiveram o apoio da prefeita Livia
Bello e seu marido Francisco Ribeiro. Instado a se manifestar, no facebook, o
Sr. Francisco Ribeiro preferiu ignorar a solicitação, mais preocupado em eleger
o candidato Bolsonaro no segundo turno. A Prefeita Livia Soares Bello da Silva,
como sempre, também não se manifestou a respeito.
Entretanto, o fato que mais chamou
a atenção foi o ocorrido com a atual deputada estadual Márcia Jeovani. Apesar
do trabalho que vem desenvolvendo na Assembléia Legislativa, não conseguiu a
reeleição, obtendo uma votação bem abaixo daquela recebida em 2014. O total de
votos, nesta eleição, foi de 19.062, que correspondeu a 54,66% dos votos
conseguidos anteriormente: 34.870. Em Araruama o comparativo é ainda mais significativo.
Os 6.806 votos obtidos equivale a 27% dos recebidos em 2014 , 25.589.
Assim como os demais
candidatos, ela com toda certeza deve estar refletindo sobre o resultado das
eleições recentemente encerradas.
No seu caso entendo, que além
de outros, dois fatores perfeitamente evitáveis, possam ter contribuído. Um deles foi a escolha
de seu Chefe de Gabinete. Outro foi a participação de seu esposo, o ex-prefeito
Miguel Jeovani. Considerado por muitos como o pior prefeito da história recente
de Araruama (por enquanto), suas constantes aparições junto à candidata, em
Araruama, com toda certeza não contribuíram para obtenção de votos; ao
contrário.
Tão logo conhecido os
resultados das eleições, foram postados no facebook, mensagens mencionando que
a população “havia mandado um recado”. As postagens tinham diversos endereçamentos,
inclusive à prefeita e seu marido, em decorrência do apoio manifestado aos dois
candidatos.
Pode ser que a gestão da chefe do executivo municipal, até aqui, não tenha, de fato, contribuído para que
aqueles a quem ela apoiou, não tivessem uma melhor votação.
São conhecidas as deficiências
em quase todas as áreas do município. Salvo algumas iniciativas das Secretarias
de Ambiente, Agricultura, Abastecimento e Pesca e da Segurança, Ordem Pública e
Defesa Civil, as demais nada fizeram que merecesse destaque. Uma reavaliação de
seus assessores diretos talvez fosse recomendável.
Outros dados que merecem
avaliação geral são os votos nulos e brancos 10.738 (deputado estadual) e
13.580(deputado federal). O outro foi o percentual de abstenção 25,48%, o maior
das quatro últimas eleições gerais. Dados obtidos através do TSE.
Geralmente, em política, 2+2
nem sempre são 4.
Gerson Tavares de
Nader