terça-feira, 18 de julho de 2017

INTERVENÇÃO MILITAR

Pessoas de várias idades tem postado, nas mídias sociais, mensagens pedindo intervenção militar.




















Os principais motivos são o nível de corrupção a que chegou o país e os casos de impunidades/benefícios concedidos a alguns cidadãos, em sua maioria políticos e, alguns casos, parentes destes.

Somem-se a isto, situações recentes  como, por exemplo, o artifício utilizado pelo presidente Michel Temer para que a denuncia da Procuradoria Geral da República, não fosse aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal. Pode até ser legal, mas não deixa de ser imoral.

De igual maneira, merece ser criticado o  “acordo” firmado pelo Procurador Geral da República Rodrigo Janot beneficiando o Sr.Joesley Batista.

Nenhuma das explicações dadas pelo Procurador Geral foram convincentes. Seja na entrevista concedida a Roberto D’Avila, na GloboNews ou, seu recente pronunciamento nos Estados Unidos.

A correção dos fatos que vem ocorrendo, mesmo que leve algum tempo,  é possível.

É óbvio que se a pessoa tem a convicção  que uma intervenção militar  é a melhor maneira de se resolver esta situação,  é um direito que lhe assiste e deve ser respeitada.

Entretanto, por pensar de  forma diferente, gostaria de emitir minhas considerações.

É preferível uma   democracia -  com suas imperfeições - onde todos, por exemplo, tem o direto de emitir sua opinião a se viver em regime autoritário.

Colocar ladrões e corruptos  atrás das grades, só depende da vontade da Justiça. E isto está ocorrendo.

Alguns meliantes já foram presos. Ainda faltam muitos. Por este motivo,  é importante que   a operação Lava Jato seja preservada.

Mesmo ocorrendo possíveis exageros/decisões equivocadas/morosidade na condução de alguns processos(Renan Calheiros é um exemplo), por parte do Poder Judiciário, Procuradoria Geral da República e Ministério Público( órgão vinculado à PGR ),  estamos vivenciando fatos que jamais seriam imagináveis  há alguns anos atrás.

É do conhecimento de muitos, que ocorreu uma ditadura militar no país. A justificativa era que o Brasil estava “sendo entregue aos comunistas”. Os motivos foram outros,  mas isto é outra "história".

Propagou-se, de início, que ao final do governo do Marechal Castelo Branco(1967) haveriam eleições. Durou 21 anos (1964 a 1985).

A ditadura  ficou caracterizada,  dentre outros fatores, pela falta de liberdade, em todos os seus aspectos, prisões - por questões políticas -   com direito a tortura e morte, cassação de direitos políticos, inclusive de algumas figuras da maior expressão do país.

Talvez, por não terem vivido naquela  época  ou,  não terem o conhecimento pleno dos fatos que ocorreram naquele  período, é que se defenda a volta deste regime.

Para as mazelas que estamos vivendo, há solução. Mas nada, por exemplo, poderá trazer de volta a vida de todos aqueles  que morreram e, tampouco, curar as sequelas dos que foram torturados e conseguiram sobreviver.


Gerson Tavares de Nader