Os principais motivos são o
nível de corrupção a que chegou o país e os casos de impunidades/benefícios concedidos
a alguns cidadãos, em sua maioria políticos e, alguns casos, parentes destes.
Somem-se a isto, situações
recentes como, por exemplo, o artifício
utilizado pelo presidente Michel Temer para que a denuncia da Procuradoria
Geral da República, não fosse aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça da
Câmara Federal. Pode até ser legal, mas não deixa de ser imoral.
De igual maneira, merece ser criticado o “acordo” firmado pelo Procurador Geral da
República Rodrigo Janot beneficiando o Sr.Joesley Batista.
Nenhuma das explicações dadas
pelo Procurador Geral foram convincentes. Seja na entrevista concedida a
Roberto D’Avila, na GloboNews ou, seu recente pronunciamento nos Estados
Unidos.
A correção dos fatos que vem
ocorrendo, mesmo que leve algum tempo, é
possível.
É óbvio que se a pessoa tem a convicção que uma intervenção militar é a melhor maneira de se resolver esta
situação, é um direito que lhe assiste e
deve ser respeitada.
Entretanto, por pensar
de forma diferente, gostaria de emitir
minhas considerações.
É preferível uma democracia - com suas imperfeições - onde todos, por
exemplo, tem o direto de emitir sua opinião a se viver em regime autoritário.
Colocar ladrões e
corruptos atrás das grades, só depende
da vontade da Justiça. E isto está ocorrendo.
Alguns meliantes já foram
presos. Ainda faltam muitos. Por este motivo, é importante que a operação Lava Jato seja preservada.
Mesmo ocorrendo possíveis
exageros/decisões equivocadas/morosidade na condução de alguns processos(Renan
Calheiros é um exemplo), por parte do Poder Judiciário, Procuradoria Geral da
República e Ministério Público( órgão vinculado à PGR ), estamos vivenciando fatos que jamais seriam
imagináveis há alguns anos atrás.
É do conhecimento de muitos,
que ocorreu uma ditadura militar no país. A justificativa era que o Brasil
estava “sendo entregue aos comunistas”. Os motivos foram outros, mas isto é outra "história".
Propagou-se, de início, que ao
final do governo do Marechal Castelo Branco(1967) haveriam eleições. Durou 21
anos (1964 a 1985).
A ditadura ficou caracterizada, dentre outros fatores, pela falta de liberdade, em todos os seus
aspectos, prisões - por questões políticas - com
direito a tortura e morte, cassação de direitos políticos, inclusive de
algumas figuras da maior expressão do
país.
Talvez, por não terem vivido
naquela época ou, não
terem o conhecimento pleno dos fatos que ocorreram naquele período, é que se defenda a volta deste
regime.
Para as mazelas que estamos
vivendo, há solução. Mas nada, por exemplo, poderá trazer de volta a vida de todos aqueles que morreram
e, tampouco, curar as sequelas dos que foram torturados e conseguiram
sobreviver.
Gerson Tavares de
Nader