segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

A CULTURA E O VOTO CONSCIENTE


Várias manifestações apontam, corretamente, a necessidade em se promover uma reforma do sistema político eleitoral.



Entretanto, a reforma político/ partidário/eleitoral, por si só não será suficiente para alterar o atual momento político.

Quem tem disponibilidade e “estômago” para assistir  às sessões do Congresso Nacional, percebe que, com raríssimas exceções, é baixíssimo o nível de nossos parlamentares, notadamente na Câmara Federal.

Há quem considere este o pior Congresso dos últimos tempos.

De nada adiantará promover uma reforma política se não houver alteração no perfil dos cidadãos  que hoje habitam o cenário político.

Além da reforma, é necessário alterar este quadro, elegendo-se políticos que atendam às aspirações de seus eleitores e busquem na ética a melhor forma de se fazer política.

Talvez, por isto, sejam constantes as manifestações, direcionadas aos eleitores, mencionando a importância de  votarem  de forma consciente e com seriedade.

Salvo engano da minha parte, cobra-se muito, mas,  não se fala o que é necessário para se alcançar o chamado “voto consciente”.

Ele nasce de uma decisão madura e refletida.


Um cidadão com boa (in) formação se torna mais exigente ao escolher um candidato e, com toda certeza, dificilmente  “venderá” seu voto.

Isto só é alcançado  com o contínuo acesso à educação e  a   constante  melhoria de sua  qualidade , além de um real investimento  na cultura.

Já foi dito que a importância da cultura reside no fato de que ela proporciona o conhecimento e as técnicas que permitem ao homem sobreviver, física e socialmente, e modificar o mundo que o rodeia.


Que os novos gestores municipais, levem estes fatos  em consideração, e que, além disto, preservem nossos patrimônios culturais.

É um crime o que se vem fazendo com o Teatro Municipal e o Museu Arqueológico.

No dia 24 de janeiro, em São Pedro da Aldeia, gestores de cultura e agentes culturais de municípios da Baixada Litorânea do Estado do Rio de Janeiro se reuniram para discutir um plano para melhorar as políticas de cultura na região.Araruama se fez representar.**

Dentre outros assuntos, foram discutidas formas de ocupar espaços culturais que estavam abandonados.**

Ficamos na expectativa que já estejam sendo adotadas ações para a reforma e reabertura do Teatro Municipal de Araruama.**

Matéria publicada originalmente em 19/12/2016, complementada em 07/02/17***
 

Gerson Tavares de Nader