Com o término do julgamento
do ex-presidente Lula, a Reforma da Previdência voltará a ser o assunto
predominante.
De acordo com matéria
publicada no site do jornal “O Globo”, no dia 24 deste mês, o relator da
proposta da reforma, deputado Arthur Maia-PPS-BA, admite que possam ocorrer
novas mudanças na proposta do governo. As mudanças seriam feitas para atender
demandas de alguns parlamentares“indecisos”, cerca de 50 a 60.
Segundo o “nobre”
parlamentar, o objetivo das mudanças é fazer com que se obtenham os 308 votos
necessários para a aprovação do projeto. Segundo suas informações, a estimativa
é que atualmente existam cerca de 275 parlamentares favoráveis a reforma.
O deputado a firmou, ainda, que
todo tipo de reinvindicação dos “indecisos”pode ser atendida. desde que não mexa na espinha dorsal do
projeto.
Ele cita reinvindicações de dois setores distintos. Entretanto,
segundo o jornal , se atendidas,
manteriam os privilégios que os governistas falam tanto em combater com a reforma.
Questionado se as novas
mudanças não iriam manter os privilégios que o governo pretendia eliminar, sua
resposta foi: “é melhor garantir a aprovação agora, mesmo cedendo em diversos
pontos, do que as coisas ficarem como estão”.
Se ocorrerem estas mudanças, esta seria a segunda alteração do
plano inicial. A primeira dela ocorreu em 22 de novembro de 2017. Como todo
governo fraco, cedeu as pressões. Com as alterações realizadas, a economia
prevista com os gastos da Previdência caiu 40%. De acordo com a proposta
inicial , em dez anos, seriam reduzidos R$ 800 bilhões.Com as alterações ocorridas em 22 de
novembro as estimativas são que que a
economia ficará reduzida a R$ 480 bilhões, por enquanto.
Com relação ao déficit,
notícia publicada em 23 de janeiro de 2018, no site do Valor Econômico, o rombo
da previdência social em 2017 foi de R$
268,8 bilhões.
Em 21 de janeiro de
2017, o site do “Estadão”,
publicou que, até aquela data, 89% dos municípios brasileiros deviam ao INSS R$ 99,6 bilhões.Em 16 de maio de 2017, este
abominável político que ocupa a Presidência da República, assinou Medida Provisória,
permitindo o pagamento desta dívida em
até 200 parcelas. Além disto, reduziu os juros em até 80% e em 25% as multas e
encargos da dívida. Segundo noticiado, o objetivo era conseguir o apoio dos prefeitos para a
Reforma da Previdência. Estas informações foram divulgadas no site do G1, na
mesma data.E os demais segmentos quanto
devem/deviam? Que benefícios já lhes foram dados?
...E A CULPA DO “ROMBO” É NOSSA!!
Há que se considerar, ainda,
outros fatores:
a-a falta de credibilidade
de que goza o Congresso Nacional, considerado o pior da história. Dentre suas
inúmeras “virtudes” uma delas á alterar/incluir emendas, de seu interesse, do
governo ou, ambos. em projetos aprovados
na “calada das madrugadas”;
b-são conhecidos, também, os
artifícios que o ocupante da Presidência da República utiliza para aprovação de
assuntos de seu interesse;
c-De acordo com o site da Câmara Federal, o projeto já foi objeto de 164
emendas.;
d- depois de tantas emendas, remendos e, ainda, as alterações introduzidas pelo governo,
será que se tem a exata noção das mudanças que poderão vir a ser
aprovadas?
Diante dos fatos descritos,
não precisa ser muito inteligente para
deduzir que, se vier a ser aprovada, a
Reforma da Previdência não alcançará os benefícios que o governo propaga e o
que é pior; vai penalizar, ainda mais, a parcela menos favorecida da população.
Enquanto alguns setores, com
representantes no Congresso Nacional, continuarão com a maioria de seus
benefícios, a parcela menos favorecida, por não ter quem a represente no Congresso,
arcará com o ônus das restrições e retirada de benefícios.
Gerson Tavares de Nader